Muitos desses escravos eram praticantes do Vodu, porém, o código de escravatura das ilhas exigia que fossem batizados como cristãos, fazendo com que fossem obrigados a esconder seus costumes religiosos.A influência que essa mudança teve sobre o Vodu foi enorme. Os escravos "pegaram emprestado" diversos elementos da religião católica como disfarce para proteger suas raízes. Os nomes dos Santos tornaram-se nomes de Loas que são os espíritos do Vodu.
Muitas vezes, eram usados os Santos que tinham o mesmo papel dos Loas, como São Pedro, que é guardião das chaves do Céu, foi substituído pelo Loa Papa Legba, o guardião dos portais do mundo dos espíritos. Assim também foi feito com os feriados santos, que viraram dia de comemoração para seu Loa correspondente.
As cruzes cristãs viraram símbolo das encruzilhadas, que representam escolhas que mudam a vida e marcos no percurso espiritual dos seguidores do vodu. Os hinos e orações católicas também foram introduzidas nos rituais Vodu.Os rituais são sempre marcados por possessões, onde os possuídos são, muitas vezes chamados de "cavalos" que são "montados" pelos espíritos. As pessoas possuídas agem de maneira estranha, falam líguas antigas e muitas vezes se machucam como prova do poder dos Loas.Alguns rituais são marcados por sacrifícios de animais, música e danças, as pessoas tocam diversos tipos de tambores, sinos e chocalhos. Os altares abrigam diversos objetos rituais, tais como garrafas decoradas, bonecas ou cabaças repletas de oferendas de comida. Os devotos usam as bonecas como forma de contactar Loas específicos, ou o mundo espiritual em geral, e não para infligir dor e sofrimento a terceiros.